(Foto: Vitória 87 FM)
Polícia acredita que pelo menos seis pessoas estejam envolvidos no crime, além de três empresas. Segundo o delegado, as fraudes ocorriam desde 2021.
Servidores da Secretaria de Municipal de Obras de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, foram alvo de uma operação, nesta quinta-feira (4), suspeitos de participar de um esquema de corrupção envolvendo ao menos três empresas privadas. Segundo o delegado Caio Menezes, a polícia acredita que pelo menos seis servidores da pasta participaram de um esquema criminoso que movimentou milhões desviados da prefeitura desde 2021. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de um dos suspeitos na sede da pasta.Como o nome dos suspeitos e das empresas não foram divulgados, o g1 não conseguiu localizar as defesas deles para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.Caio afirma que as empresas possuem influência em outros municípios goianos e que já foram alvo de outra operação pelo mesmo crime, em 2022. Em relação aos servidores, o delegado diz que eles eram responsáveis por facilitar as contrações das empresas.
“Estamos trabalhando com as hipóteses de todo tipo de facilitação, como atestar que foi recebido uma mercadoria licitada, mas que não foi entregue, além de colocar um valor menor e uma qualidade menor do que o previsto no contrato”, explicou.
O delegado disse que as investigações vão ser aprofundadas para descobrir se há o envolvimento de mais servidores e empresas no esquema de corrupção ativa e passiva, além de contabilizar o prejuízo provocado ao erário municipal ao longo dos mais de dois anos.
“As contratações foram realizadas continuamente durante o período, mas isso não quer dizer que todas foram fraudadas. Não foram cumpridos mandados contra as empresas porque eles já haviam sido cumpridos na operação anterior”, concluiu.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Inhumas disse que foi surpreendida com a operação, mas que já tomou “todas as providências cabíveis”, afastando os servidores investigados e suspendendo o pagamento de ordens de serviço das empresas que podem estar envolvidas no crime.Por Pedro Moura, g1 Goiás