(Foto: Vitória 87 FM)
O motorista fugiu logo após saber que foi denunciado, segundo a investigação. Por isso, a Justiça expediu mandado de prisão contra ele. A Polícia Civil informou que o telefone 197 está a disposição para receber denúncias sobre o paradeiro dele.
Aluna de 10 anos foi a primeira a denunciar estupro de motorista de van escolar, diz Conselho Tutelar
Quatro vítimas procuraram a polícia para fazer relatos semelhantes. O motorista fugiu logo após saber que foi denunciado, segundo a investigação.
Segundo o Conselho Tutelar, a menina de 10 anos chamou uma professora para fazer a denúncia contra o motorista. Traumatizada, a criança relatou que não queria mais andar no transporte escolar e estava com medo.
Assim, o caso chegou ao conselho. Logo depois, mais duas vítimas, uma menina de 10 anos e uma adolescente de 16 anos, procuraram os conselhereiros com relatos semelhantes à primeira denúncia.A quarta vítima procurou procurou diretamente a Polícia Civil para registrar ocorrência, sem passar pelo Conselho Tutelar. O motorista pode responder por estupro de vulnerável ao final da investigação.
O delegado Bruno Barros explicou que o suspeito mudava as rotas que fazia para ter "mais privacidade com as vítimas" e mais tempo com elas dentro da van. Assim, ele deixava primeiro as crianças e adolescentes que não o interessavam. Os crimes ocorreram em 2022 e neste ano.
O motorista era responsável pelo transporte de crianças na região há pelo menos 16 anos. A polícia explica que o homem manipulava as rotas feitas pelo transporte escolar para ficar sozinho com as vítimas e cometer os abusos.
Afastamento
A Prefeitura de São Miguel do Passa Quatro explicou que Afonso de Souza era funcionário terceirizado e já foi afastado da função. O município colocou um ônibus e outro motorista para trabalhar de forma temporária.
O suspeito transportava cerca de 18 crianças por dia. A prefeitura disse que presta total apoio às vítimas e seus familiares.
O g1 também entrou em contato com a empresa Start Serviços de Tranportes, que fica em Brasília, mas não obteve resposta até a última atualização dessa reportagem.Por Rafael Oliveira, g1 Goiás