(Foto: Vitória 87 FM)
Um idoso de 86 anos foi condenado a 14 anos de prisão por abusar sexualmente da neta da companheira dele, em Itumbiara, no sul de Goiás. A vítima, que tinha 8 anos à época, contou aos familiares que o “avôdrasto” tocava as partes íntimas dela após assistir a uma aula de educação sexual na escola.
A decisão foi dada pelo juiz Eduardo Peruffo e Silva, da 2ª Vara Criminal de Itumbiara, em 18 de fevereiro deste ano, mas o resultado só foi divulgado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) na segunda-feira (14). Cabe recurso.
Como o nome do condenado não foi divulgado, o g1 não conseguiu descobrir quem representa a defesa dele para pedir uma posição sobre o caso. Segundo o TJ, o idoso negou os crimes durante o processo
Segundo informações do processo, os crimes aconteceram entre outubro de 2016 e fevereiro de 2017, nos finais de semana alternados em que a criança passava na casa da avó paterna.
Denúncia após aula
Ainda de acordo com o registro do TJ, a vítima estava na escola, durante uma aula sobre prevenção de abusos sexuais contra criaças, quando começou a chorar. Em particular, ela teria contado à professora que foi abusado pelo “avôdrasto”.
Após a denúncia, a mãe teria contado que a filha apresentou mudanças no comportamento, mas, até então, não sabia a causa.
O TJ não divulgou quando a vítima conseguiu se abrir sobre o que aconteceu, mas que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) fez a denúncia em 24 de junho de 2021.
Conforme as informações publicadas pelo TJ, a menina passou por exames psicológicos que apontaram nela características comuns às apresentadas por vítimas de violência sexual, além de não identificarem indícios de que a criança tivesse inventado a história.
Na decisão, o juiz abordou a importância da educação como prevenção contra esses abusos, que muitas vezes acontecem dentro do ambiente familiar.
“A educação sexual é uma das formas mais eficazes de prevenir e enfrentar o abuso sexual contra crianças e adolescentes. Ensinar, desde cedo e com abordagens apropriadas para cada faixa etária, conceitos de autoproteção, consentimento, integridade corporal, sentimentos e a diferença entre toques agradáveis e bem-vindos, dos toques que são invasivos e desconfortáveis, é fundamental para aumentar as chances de proteger crianças e adolescentes de possíveis violações”, disse na decisão.g1