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Influencer suspeito de adulterar anabolizantes usando tempero de cozinha tinha famosos divulgando marca Investigação mostrou que Vinícius Freire levava uma vida de alto padrão em um condomínio de Goiânia, com carros de luxo e joias. Polícia diz que é

Publicada em 27/04/23 as 17:34h por Vitória 87 FM - 165 visualizações

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 (Foto: Vitória 87 FM)
Investigação mostrou que Vinícius Freire levava uma vida de alto padrão em um condomínio de Goiânia, com carros de luxo e joias. Polícia diz que é a maior fábrica ilegal de anabolizantes do país.
O influencer fitness Vinícius Freitas, que se apresenta como Vini Wizard, foi preso suspeito de chefiar uma fábrica ilegal de anabolizantes. De acordo com a Polícia Civil, famosos eram contratados para divulgar produtos da marca, que nos produtos apreendidos leva o nome de “GPharma”.O g1 não conseguiu contato com a defesa de Vinícius até a última atualização desta reportagem.

A prisão do suspeito aconteceu nesta quarta-feira (26) e, além dele, foram presas 16 pessoas suspeitas de integrar a fábrica ilegal que, para a polícia, é considerada a maior do Brasil. De acordo com o delegado Jorge Bezerra, a fábrica de Vinícius usava o tempero de cozinha “colorau” para dar cor aos esteróides e simular a testosterona sintética.O perfil do suspeito beira 10 mil e ele se apresenta com as seguinte descrição:

Coach bodybuilding
Nutricionista
Consultorias, Psicologia, Conhecimento
O g1 não conseguiu informações junto aos conselhos de educação física e nutrição para checar se Vinícius havia formação e era credenciado para tais atuações.Vida de luxo
De acordo com o delegado Jorge Bezerra, o investigado levava uma vida de alto padrão em um condomínio de Goiânia, com carros de luxo, entre eles uma BMW, e joias.


“O aluguel da casa era R$ 19 mil por mês e ele adiantou dois anos de pagamento. No total, são mais de R$ 31 milhões sequestrado nas contas [dos envolvidos], referente a todo o faturamento ilegal no Brasil”, disse o delegado.

GPharma
O g1 entrou em contato com quatro números de telefone disponíveis no site da GPharma. Apenas um deles respondeu e informou que a empresa não tem nenhuma ligação com a fábrica clandestina de anabolizantes. Sobre as fotos que mostram produtos apreendidos com a logomarca da empresa, a marca disse:

“No Brasil, nossos produtos são utilizados por atletas e praticantes de diversos esportes. Entendemos que existe interesse de marcas por trás disso. Mas não temos a ver com essa operação. Temos uma sede farmacêutica no Reuno Unido, as importações podem ocorrer mas é de forma desconhecida”, disse um representante.


A operação
De acordo com o delegado, o chefe do esquema é influente nas redes sociais e também usava seu perfil para vender os produtos. A investigação apontou que ele fazia o uso de anabolizantes, mas não dos produtos que ele mesmo fabricava. “Ou seja, não confia na própria produção e sabe dos riscos”, descreveu a corporação.

O delegado explicou ainda que o grupo produzia duas marcas dos anabolizantes e, no Brasil, tem o perfil mais seguido do ramo, além de patrocinar os maiores influencers brasileiros no segmento. O nome dos influenciadores e das marcas não foram divulgados.

Investigação
Jorge Bezerra explicou que a investigação começou há cerca de um ano, quando a polícia recebeu a informação de que um grupo estava fabricando e revendendo anabolizantes adulterados em Anápolis.


A polícia estima que o grupo tenha cerca de 40 pessoas. No entanto, na primeira fase da operação, chamada de “Operação Bomb”, foram presos os principais integrantes, que ocupavam a liderança, cargos de gerentes, coordenadores de produção e produtores.

Além dos mandados de prisão, a polícia cumpriu 23 de busca e apreensão. Segundo o delegado, a maioria dos mandados foi cumprida em Anápolis. Um deles em Goiânia e outro em Silvânia.

“A investigação continua, precisamos capturar todos os elementos e delimitar essa quadrilha”, finalizou o delegado.
A investigação mostrou ainda que o grupo criminoso criou uma empresa de transportes, em Anápolis, apenas para distribuir os esteróides anabolizantes.Por Michel Gomes, g1 Goiás



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